Ataque russo na Ucrânia atinge 14 regiões e causa vítimas
Ataque russo na Ucrânia atinge 14 regiões e causa vítimas marca a madrugada mais violenta em meses, com quase 540 drones e 45 mísseis lançados contra cidades ucranianas, segundo Kiev.
Autoridades locais confirmaram que uma mulher morreu na região de Zaporizhzhia e pelo menos 30 pessoas ficaram feridas, inclusive crianças. No sudeste, o ataque russo destruiu uma casa em Dnipro e danificou um shopping-center, além de comprometer infraestrutura ferroviária próxima à capital.
O presidente Volodymyr Zelensky classificou a ofensiva como mais uma prova da “total desconsideração de Moscou pelas negociações de paz” e voltou a pedir sanções mais severas. Em nota, o Ministério da Defesa russo afirmou que “todos os alvos foram atingidos”, declaração que não pôde ser verificada de forma independente.
Enquanto defendia suas cidades, a Ucrânia contra-atacou com drones sobre as refinarias russas de Krasnodar e Syzran, instalações responsáveis por, respectivamente, 3 milhões e 8,5 milhões de toneladas anuais de derivados de petróleo. Autoridades de Krasnodar reconheceram danos a uma unidade de processamento e reportaram incêndio sem vítimas.
Já o Exército russo disse ter derrubado 20 drones ucranianos, 18 deles na Crimeia, anexada em 2014, e anunciou a tomada do assentamento rural de Komyshevakha, em Donetsk – informação ainda não confirmada por Kiev. De acordo com o chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, as tropas mantêm “ofensiva ininterrupta” ao longo da linha de frente.
Os bombardeios ocorreram às vésperas de nova rodada diplomática. Ministros das Relações Exteriores europeus se reúnem na Dinamarca para discutir o congelamento de €182 bilhões em ativos russos e possíveis sanções adicionais. A chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, declarou que “a Rússia não quer paz”, enquanto a França prometeu propostas para esgotar os recursos de guerra de Moscou, conforme noticiado pela BBC News.
Imagem: Internet
Para Kiev, a escala dos ataques reforça a urgência de isolamentos econômicos. “Esperamos ação dos EUA, da Europa e do mundo inteiro”, afirmou Zelensky.
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Crédito da imagem: BBC News
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