Ataques russos em Kyiv matam 19 e atingem missão da UE
Ataques russos em Kyiv matam 19 e atingem missão da UE
Ataques russos em Kyiv deixaram ao menos 19 mortos, entre eles quatro crianças, e feriram dezenas de pessoas na madrugada desta quinta-feira (horário local), segundo autoridades ucranianas. O bombardeio danificou a delegação da União Europeia (UE) e o escritório do British Council, despertando indignação de líderes europeus.
Ataques russos em Kyiv matam 19 e atingem missão da UE
Em nota contundente, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou a ofensiva como o “ataque mais mortal contra Kyiv desde julho”. Ela afirmou que dois mísseis explodiram a menos de 50 metros da sede diplomática da UE.
O Exército ucraniano relatou o lançamento de quase 600 drones e mais de 30 mísseis balísticos e de cruzeiro, configurando a maior investida contra a capital neste mês. No distrito de Darnytskyi, na margem esquerda do rio Dnipro, um prédio residencial de cinco andares foi destruído por um míssil às 3h, horário local, resultando na maioria das vítimas fatais.
Líderes europeus reagiram com veemência. O primeiro-ministro britânico, Sir Keir Starmer, acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de “sabotar qualquer esperança de paz”. A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, disse que Moscou fez uma “escolha deliberada de escalar e zombar dos esforços diplomáticos”. Já o chanceler alemão, Friedrich Merz, declarou que a Rússia “mostrou mais uma vez seu verdadeiro rosto”.
Em Bruxelas, a UE convocou o encarregado de negócios russo para prestar explicações, enquanto o Reino Unido chamou o embaixador russo a Londres. Von der Leyen anunciou que o bloco prepara um 19.º pacote de sanções e iniciará visita a sete países que fazem fronteira com a Rússia e Belarus.
Os bombardeios ocorreram depois de drones russos deixarem mais de 100 mil casas sem energia na quarta-feira. Outros 60 mil consumidores foram afetados na região central de Vinnytsia.
Imagem: Internet
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou o pedido de “novas e duras sanções” contra Moscou e disse que a ofensiva é resposta do Kremlin aos apelos internacionais por cessar-fogo. Negociadores dos Estados Unidos e da Ucrânia têm reunião marcada para sexta-feira, em Nova York, para discutir garantias de segurança.
De acordo com informações compiladas pela BBC, nenhuma missão diplomática deveria ser alvo de ataques, conforme prevê a Convenção de Viena.
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Crédito da imagem: BBC News
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