Casa Branca defende Robert F Kennedy Jr em crise no CDC
Robert F Kennedy Jr em foco: Casa Branca defende secretário em crise no CDC. O secretário de Saúde dos Estados Unidos, conhecido por suas críticas às vacinas, foi publicamente elogiado pelo vice-chefe de Gabinete Stephen Miller, que o chamou de “joia da coroa” da administração, apesar de uma série de demissões e controvérsias no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
A turbulência ganhou força após a demissão da diretora do CDC, Dra. Susan Monarez, substituída pelo então adjunto de Kennedy, Jim O’Neill. Desde então, pelo menos três líderes seniores deixaram o órgão, citando insatisfação com a condução da política de imunização e cortes orçamentários promovidos pelo secretário.
Em carta interna, Kennedy declarou estar “comprometido em restaurar a confiança, transparência e credibilidade” da agência. Entretanto, a antiga diretora médica do CDC, Dra. Debra Houry, afirmou à BBC News que as mudanças “comprometem a integridade científica” e podem reabrir caminho para doenças já controladas, como polio e sarampo.
No Congresso, críticas surgem de ambos os partidos. O líder democrata Chuck Schumer qualificou Kennedy como “charlatão” e exigiu sua demissão. Já a republicana Susan Collins pediu audiência para investigar a situação, enquanto o senador Bill Cassidy recomendou adiar reunião do comitê consultivo de vacinas, alegando falta de legitimidade no processo atual.
A crise foi agravada pelo corte definitivo de 600 funcionários do CDC, incluindo equipes ligadas ao combate a doenças infecciosas e à pesquisa de riscos ambientais. Especialistas temem que a redução afete a capacidade de resposta a surtos e a continuidade de programas de vacinação infantil.
Kennedy, advogado de formação e ex-líder de grupo antivacina, assumiu o Departamento de Saúde e Serviços Humanos sem diploma médico. Mesmo assim, Miller reforçou que o secretário “trabalha para recuperar a credibilidade de um dos principais órgãos de saúde pública do mundo”.

Imagem: Internet
Enquanto a Casa Branca mantém o apoio, cresce a pressão legislativa para que o presidente reveja a escolha. O desenlace deve definir os rumos da política de imunização norte-americana nos próximos meses.
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Crédito da imagem: Getty Images

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