Combustível adulterado: sinais, riscos e operação em SP
Combustível adulterado: sinais, riscos e operação em SP
Combustível adulterado vem provocando prejuízos a motoristas e motivou uma megaoperação da Secretaria da Fazenda de São Paulo que desmantelou um esquema em mais de 300 postos no Estado.
Como o metanol foi usado para enganar consumidores
A investigação alcançou 350 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, algumas delas ligadas ao PCC. Segundo a Secretaria, os postos misturavam até 90% de metanol à gasolina, superando em muito o limite de 0,5% definido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Incolor e com odor semelhante ao de álcool comum, o metanol é matéria-prima de adesivos e solventes, além de ser estudado para descarbonização. Porém, nos motores a gasolina ou etanol, ele corrói bicos injetores, bombas de combustível e câmara de combustão, podendo danificar o veículo antes mesmo de esvaziar o primeiro tanque.
Sintomas que revelam gasolina fora do padrão
Mecânicos ouvidos pelo g1 apontam os principais indícios de gasolina adulterada:
• Perda imediata de potência, deixando o acelerador “borrachudo”;
• Acendimento de luzes de alerta no painel;
• Consumo elevado e dificuldade de dar partida pela manhã;
• Odor de solvente ou querosene no escapamento;
• Ruído metálico semelhante a corrente de bicicleta.
Denis Marum, engenheiro mecânico, explica que esses sinais surgem porque o metanol satura os sensores de mistura do motor. Já o mecânico Bruno Bandeira alerta que a bomba de combustível costuma queimar primeiro, “às vezes antes de terminar um único tanque”.
Imagem: Kittisak Kaewchalun
Teste simples autorizado pela ANP
Uma resolução da ANP determina que todo posto mantenha kit para teste rápido. O consumidor pode misturar 50 ml de gasolina a 50 ml de água salgada; o etanol presente se separa e a marca final deve ficar em 65 ml. Abaixo desse nível há menos álcool que o permitido; acima, excesso de etanol denuncia adulteração.
Consequências legais e orientações ao motorista
Os estabelecimentos flagrados podem sofrer multas, cassação do cadastro estadual e processo criminal. Para o motorista, a melhor defesa é abastecer em postos de confiança, exigir nota fiscal e, ao notar qualquer sintoma, levar o carro a uma oficina especializada antes que o dano se propague.
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Crédito da imagem: iStock
Olá! Meu nome é Zaira Silva e sou a mente inquieta por trás do soumuitocurioso.com.
Sempre fui movida por perguntas. Desde pequena, queria saber como as coisas funcionavam, por que o céu muda de cor, o que está por trás das notícias que vemos todos os dias, ou como a tecnologia está transformando o mundo em silêncio, aos poucos. Essa curiosidade virou meu combustível — e hoje, virou um blog inteiro.
