Aliados de Tarcísio de Freitas em São Paulo começaram a trabalhar no nome do vice-presidente da câmara municipal, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), para disputar o Senado em 2026, caso Eduardo Bolsonaro (PL-SP) permaneça fora do país.
Plano inicial perde viabilidade
A estratégia traçada por líderes de PL, PP, União Brasil, PSD e Podemos previa a candidatura de Eduardo Bolsonaro ao Senado, acompanhada por Guilherme Derrite (PP), actual secretário da Segurança Pública. O objectivo era unir o eleitorado de centro-direita e evitar a perda de um dos dois lugares senatoriais para a esquerda.
O cenário mudou após o deputado federal fixar residência nos Estados Unidos e protagonizar pedidos de sanções económicas contra o Brasil, posteriormente acolhidos pela administração Donald Trump, que impôs um acréscimo de 50 % às exportações brasileiras. Entre dirigentes partidários, cresce a convicção de que Eduardo ficará no exterior ou tentará concorrer à Presidência, afastando-o da disputa estadual.
Mello Araújo mantém porta entreaberta
Questionado, o vice-prefeito afirmou não ter sido contactado, mas indicou que qualquer decisão “cabe ao presidente Bolsonaro”. Coronel da reserva da Polícia Militar e ex-comandante da Rota, Mello Araújo é visto como perfil capaz de mobilizar o eleitorado bolsonarista no interior paulista. A sua escolha foi condição imposta por Jair Bolsonaro para apoiar a reeleição do actual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), em 2024.
Internamente, o estilo de actuação do vice tem gerado tensão na câmara municipal. Em Abril, vetou a libertação de 200 mil reais em emendas para um torneio desportivo enquanto Nunes se encontrava em viagem oficial; a decisão acabaria revertida pelo próprio prefeito.
Efeitos nas eleições municipais e estaduais
Se confirmados os planos, Nunes e Mello Araújo poderão renunciar aos cargos para concorrer, deixando a administração da capital nas mãos do presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União Brasil). O movimento integra cálculos mais amplos: Tarcísio é apontado como potencial candidato presidencial, enquanto Nunes analisa disputar o governo estadual em 2026.
Por agora, as negociações prosseguem sem anúncio formal. Dirigentes partidários esperam uma definição de Eduardo Bolsonaro antes de avançar com a substituição.

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