O DuckDuckGo passou a oferecer, para todos os usuários, um filtro que retira dos resultados de busca por imagens as ilustrações criadas por inteligência artificial. O recurso, disponibilizado em 14 de julho de 2025, garante ao internauta a possibilidade de escolher ver ou não esse tipo de conteúdo, alinhando-se à política da empresa de tornar funcionalidades baseadas em IA “privadas, úteis e opcionais”.
A nova configuração aparece diretamente na aba “Imagens” do buscador. Depois de inserir o termo desejado e acessar os resultados, o usuário encontra o botão “Imagens de IA”; basta selecionar “Ocultar” para que figuras identificadas como geradas artificialmente deixem de ser exibidas. A escolha permanece ativa nas pesquisas seguintes enquanto cookies e histórico não forem apagados.
O mecanismo utiliza uma lista de referência mantida por duas comunidades: uBlockOrigin e uBlacklist Huge AI Blocklist. Esses bancos de dados apontam endereços que hospedam conteúdo sintético, permitindo ao DuckDuckGo rotular e filtrar as imagens correspondentes. A curadoria é atualizada de forma contínua, mas a companhia reconhece que a identificação não é integral, já que figuras ainda não catalogadas podem superar a triagem.
A iniciativa difere da estratégia do Google, que tem integrado e destacado cada vez mais produções de IA em suas páginas de resultados. Enquanto o líder do setor busca ampliar a presença de conteúdo gerado por algoritmos, o DuckDuckGo aposta na oferta de controle individual como resposta a parte do público que prefere materiais exclusivamente humanos.
Mesmo priorizando a privacidade, o serviço já havia aderido a algumas soluções de IA nos últimos meses, entre elas resumos automáticos e o chatbot Duck.ai. Contudo, todas essas funções podem ser desativadas por meio de uma URL específica fornecida pela plataforma, que também passa a adotar o filtro de imagens ocultas por padrão ao ser acessada.
A adoção do novo recurso está ligada ao debate em torno do chamado “slop”, termo atribuído a fotos ou vídeos produzidos com IA que apresentem baixa qualidade ou conteúdo superficial. Esse tipo de material tem se espalhado em redes sociais devido à facilidade de criação e publicação, gerando críticas de usuários e especialistas preocupados com a perda de relevância de obras originais.
Outras empresas de tecnologia também buscam métodos para conter a disseminação de produções repetitivas ou pouco criativas geradas automaticamente. O YouTube, por exemplo, anunciou medidas contra vídeos considerados sem originalidade, indicando um movimento mais amplo do setor no combate ao excesso de conteúdo sintético.
Para ativar o bloqueio no DuckDuckGo, o usuário deve seguir três passos simples. Primeiro, acessar o site ou o navegador da companhia e digitar a pesquisa. Em seguida, clicar na seção “Imagens” para visualizar os resultados. Por fim, no menu superior, escolher “Ocultar” dentro da opção “Imagens de IA”. Após essa configuração, o buscador não exibirá figuras geradas por inteligência artificial até que as informações de navegação sejam limpas.
A implementação consolida a postura da empresa de que a quantidade de IA presente no cotidiano deve ser definida pelo próprio internauta. Ao disponibilizar a ferramenta globalmente, o DuckDuckGo amplia sua proposta de oferecer pesquisas com foco em privacidade e transparência, permitindo que o público decida se deseja ou não interagir com criações algorítmicas.
Apesar das limitações associadas à detecção de novos conteúdos, a companhia afirma que continuará aprimorando o sistema de identificação, acompanhando a expansão das bases de dados parceiras. A expectativa é reduzir cada vez mais a incidência de imagens não sinalizadas, mantendo a experiência de busca alinhada às preferências individuais.
Com a novidade, o DuckDuckGo reforça seu posicionamento como alternativa para quem busca resultados sem intervenção massiva de inteligência artificial, destacando-se em um cenário no qual outras grandes plataformas favorecem cada vez mais a produção automatizada.
Fonte: TecMundo

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