Dying Light The Beast apresenta retorno de Kyle Crane e novas mecânicas de sobrevivência

Dying Light The Beast, próximo capítulo da franquia da Techland, chega em 21 de agosto de 2025 para PC, PlayStation 5 e Xbox Series S|X. O título expande o universo iniciado em 2015, traz de volta o protagonista Kyle Crane e introduz mudanças significativas em jogabilidade, ambientação e progressão de personagem.

Evento de demonstração em Los Angeles

Durante um evento restrito a imprensa em Los Angeles, jornalistas puderam experimentar aproximadamente quatro horas do jogo. O teste permitiu observar de perto as principais novidades e avaliar como o estúdio pretende equilibrar ação, parkour e terror, elementos que definem a série.

Contexto narrativo

A trama se passa após os acontecimentos da expansão The Following. Sobrevivente de experimentos conduzidos pelo antagonista conhecido como Barão, Kyle Crane retorna como um híbrido de humano e zumbi, motivado por vingança. A jornada começa em Castor Woods, pequena vila que combina atmosfera alpina à sensação de isolamento vista em localidades fictícias como Bright Falls. Esse novo cenário serve de palco para a reintrodução do parkour, marca registrada de Dying Light.

Parkour refinado

O sistema de movimentação recebeu ajustes que procuram conferir maior peso ao personagem sem sacrificar agilidade. Saltos entre telhados, escaladas e deslizamentos tornaram-se mais intuitivos, aproximando a experiência de Dying Light 2, porém com sensação física mais realista. Apesar da evolução, algumas superfícies aparentam ser escaláveis quando, na prática, não são, o que pode expor o jogador a ataques inesperados durante perseguições.

Combate visceral

Os confrontos corpo a corpo continuam centrais. O jogo exibe alto nível de detalhamento em desmembramentos e danos visíveis; membros são decepados, crânios se partem de forma distinta conforme o ângulo do golpe, e órgãos podem ficar expostos após ataques críticos. Em lutas contra grandes grupos, porém, certos golpes pesados levam tempo excessivo para produzir efeito, deixando Crane vulnerável. Segundo a desenvolvedora, esse atraso busca equilibrar o poder dos golpes, mas ajustes futuros podem otimizar o ritmo.

Modo Besta e árvore de habilidades

A principal inovação é o Modo Besta. Por ser parcialmente infectado, Crane acumula poderes sobre-humanos desbloqueados ao derrotar chefes denominados Quimeras. Cada vitória permite extrair sangue contaminado e injetá-lo no protagonista, liberando habilidades específicas. A progressão deixa de depender apenas de experiência acumulada e passa a exigir a eliminação de inimigos-chave, oferecendo recompensas claras e evitando repetição, apontada como crítica relevante ao título anterior.

Para ativar o modo, o jogador precisa encher um medidor com ataques sucessivos. O último aprimoramento da árvore possibilita liberar a transformação a qualquer momento, concedendo vantagem decisiva em situações críticas, embora o caminho até esse ponto seja longo e desafiador.

Chefes e desafio

Na demonstração, três Quimeras foram enfrentadas. Uma delas, chamada Névoa, destacou-se pela dificuldade, causando múltiplas mortes ao longo do teste e evocando comparações com jogos de estilo soulslike. Esses encontros reforçam a proposta de tornar cada chefe memorável e relevante para a evolução do personagem.

Ambiente noturno aprimorado

A transição do dia para a noite continua sendo elemento de suspense. Na nova geração de hardware, a escuridão apresenta maior densidade visual, exigindo uso constante da lanterna. Sons ambientes, gemidos distantes e passos velozes de criaturas invisíveis intensificam a sensação de perigo. Voláteis, inimigos letais que emergem após o pôr do sol, retornam com comportamento agressivo, lembrando o clima de tensão que marcou o primeiro jogo.

Pontos a ajustar

Apesar da recepção positiva, a versão de pré-lançamento revela aspectos que ainda pedem refinamento. Entre eles estão o equilíbrio entre velocidade dos ataques e vulnerabilidade do personagem, inconsistências em superfícies escaláveis e diálogos pontuais de NPCs. A inteligência artificial de inimigos e a transição fluida de alguns golpes também figuram na lista de melhorias esperadas.

Expectativa de mercado

Com base na reação inicial, Dying Light The Beast tem o potencial de agradar à base de fãs e atrair novos jogadores. O retorno de Kyle Crane, aliado a mecânicas inéditas e ambientação mais sombria, reforça o apelo da franquia. A Techland, entretanto, deverá intensificar ações de divulgação e ampliar presença em redes sociais e eventos para maximizar o alcance, sobretudo no mercado brasileiro.

Se mantiver o equilíbrio entre terror, mobilidade e progressão, o jogo pode se consolidar como um dos lançamentos mais relevantes de 2025.

Fonte: Voxel

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