Um casal de Alberta, no Canadá, registou em vídeo uma esfera brilhante que se deslocava lentamente sobre um campo aberto, reforçando o interesse científico num fenómeno atmosférico conhecido como raio globular.
Registo em plena tempestade
Ed e Melinda Pardy aguardavam o avanço de uma tempestade por volta das 07:00, junto à sua propriedade rural, na expectativa de observar nuvens em funil. Segundo o relato, um raio caiu a menos de um quilómetro de distância, imediatamente antes de surgir uma bola de luz a cerca de sete metros do solo. A esfera, com diâmetro estimado entre um e dois metros, manteve-se visível durante aproximadamente um minuto; os Pardy gravaram os derradeiros 23 segundos antes de o objeto desaparecer sem deixar rasto.
Fenómeno raro e pouco compreendido
Relatos de raios globulares remontam ao século XII, mas a sua ocorrência é escassa e irregular. O primeiro registo científico numa câmara e espectrómetro foi obtido apenas em 2012, no planalto de Qinghai, China. Nessa ocasião, foram identificados cálcio, silício e ferro na composição da luz, sugerindo que um relâmpago comum possa vaporizar componentes do solo e gerar uma bola de plasma.
Hipóteses em análise
O caçador de tempestades George Kourounis, consultado por meios de comunicação canadianos, aponta duas possibilidades principais para o vídeo:
1. Raio globular: o registo mostraria um dos exemplos mais claros já captados deste fenómeno ainda inexplicado.
2. Arco elétrico em linha de energia: um raio poderia ter atingido cabos próximos, gerando um arco luminoso que se dissipa em faíscas, reproduzindo a aparência de uma esfera.
Próximos passos
Investigadores da Universidade de Calgary e grupos independentes de ufologia solicitaram acesso às imagens originais para análise adicional. Até que novos dados sejam obtidos, a gravação dos Pardy mantém-se como mais um contributo para entender os mecanismos físicos que originam estas luzes esféricas, persistindo a incerteza em torno dos raios globulares.

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