Líderes políticos e executivos do sector energético dos Estados Unidos e do Canadá reuniram-se em Saskatoon, na Conferência Legislativa do Midwest, para intensificar a colaboração transfronteiriça e posicionar a América do Norte como referência mundial na produção e fornecimento de energia nuclear.
Parceria baseada em recursos e tecnologia
John Gorman, presidente da Westinghouse Canada, sublinhou que a combinação de recursos canadenses e capacidade industrial norte-americana poderá garantir “domínio global” num contexto de crescente procura e concorrência de países como a China. O Canadá destaca-se pelas reservas de urânio, sobretudo em Saskatchewan, consideradas essenciais para alimentar novos reatores dentro e fora do continente.
O primeiro-ministro de Saskatchewan, Scott Moe, recordou que “todo o fabrico, abastecimento e manutenção” necessários para a expansão nuclear podem ficar circunscritos à região, reforçando a segurança energética.
Reduzir a dependência de urânio enriquecido externo
Tim Gitzel, presidente da Cameco, apontou a necessidade de retomar a capacidade de enriquecimento de urânio nos Estados Unidos, atualmente concentrada na Rússia e na China. Segundo o gestor, o minério extraído no Canadá já é convertido em Ontário, faltando completar o ciclo com o enriquecimento em Wilmington, Carolina do Norte.

Imagem: Mackenzie Mazankowski via globalnews.ca
Custos elevados e prazos longos continuam obstáculos
A senadora do Minnesota Ann Johnson Stewart alertou para derrapagens orçamentais, lembrando um projeto norte-americano que passou de 14 para 35 mil milhões de dólares e atrasou sete anos. Scott Moe reconheceu que, em média, são precisos 14 anos para construir um reator em terreno virgem, defendendo reformas regulatórias que acelerem processos sem comprometer a segurança.
Apesar dos desafios, os participantes convergiram na ideia de que uma cadeia nuclear integrada entre EUA e Canadá reforçará a autonomia energética e reduzirá a exposição a fornecedores considerados não aliados.

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