Exercício militar do Brasil perto da Venezuela em setembro
Exercício militar do Brasil perto da Venezuela em setembro
Exercício militar do Brasil mobilizará tropas a apenas 30 km da fronteira venezuelana a partir de 27 de setembro, na Operação Atlas, enquanto o governo busca evitar qualquer associação à crise entre Nicolás Maduro e os Estados Unidos.
Exercício militar do Brasil perto da Venezuela em setembro
A Operação Atlas reunirá Exército, Marinha e Aeronáutica em manobras conjuntas na Amazônia, abrangendo Amazonas, Pará, Amapá e Roraima. Os deslocamentos começam em 27 de setembro e os treinamentos ocorrerão de 2 a 11 de outubro, envolvendo grande efetivo transferido de outras regiões do país.
O Ministério da Defesa comunicou, há meses, detalhes do exercício aos adidos militares de países vizinhos e dos EUA. Contudo, com a recente escalada entre Washington e Caracas, o ministro José Múcio Monteiro reforçou junto a representantes venezuelanos que a movimentação já estava prevista e não constitui resposta à tensão internacional.
Segundo fontes da pasta, mensagem semelhante foi solicitada à chancelaria para os Estados Unidos, embora diplomatas apontem que os americanos já estavam informados. Múcio teme que a proximidade da tropa seja interpretada como ato hostil, sobretudo após os EUA enviarem três destróieres da classe Arleigh Burke para o Caribe e oferecerem recompensa de US$ 50 milhões pela captura de Maduro.
Em meio ao impasse, o líder venezuelano mobilizou 4,5 milhões de milicianos, enquanto a Casa Branca afirmou que usará “toda a força” contra Caracas. A repercussão global é acompanhada de perto por Brasília, que também avalia possíveis impactos na cooperação militar com Washington.
Sinais de atrito já apareceram: militares americanos se queixaram da participação chinesa em exercícios no Brasil, e a Conferência Espacial das Américas, organizada com o Comando Sul, foi cancelada. A Defesa suspendeu ainda a Operação Formosa e a Operação Core 2025, principal treino conjunto com o Exército dos EUA.
Imagem: Internet
Analistas ouvidos pela imprensa e por agências como a Reuters observam que a região amazônica volta a ganhar centralidade estratégica, tanto para o Brasil quanto para potências externas interessadas em projetar força na América do Sul.
Para acompanhar os desdobramentos dessa operação e outras pautas internacionais, visite a nossa editoria de Notícias Brasil e Mundo e continue bem-informado.
Crédito da imagem: Folhapress
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