O músico brasileiro Junior Lima e a esposa, Monica Benini, comunicaram na terça-feira (22) que a filha do casal, Lara, de três anos, foi diagnosticada com síndrome nefrótica. A criança já iniciou tratamento e, segundo os pais, responde positivamente à medicação.
O que é a síndrome nefrótica?
Trata-se de um conjunto de sinais resultantes de lesão nos glomérulos, estruturas renais responsáveis pela filtragem do sangue. A alteração provoca perda acentuada de proteínas na urina (proteinúria) e queda dos níveis de albumina no sangue, desencadeando inchaço, aumento do colesterol e maior vulnerabilidade a infecções. A condição pode manifestar-se em qualquer idade, mas é mais frequente entre os 18 meses e os quatro anos, sobretudo em meninos.
Sintomas comuns
• Inchaço ao redor dos olhos, especialmente de manhã
• Edema generalizado em pés, abdómen e rosto
• Urina espumosa
• Fadiga, perda de apetite e dor abdominal
• Redução do volume urinário
• Maior suscetibilidade a infeções
Nos casos graves pode ocorrer acumulação de líquido na cavidade abdominal (ascite), derrame pleural e risco de trombose.
Causas possíveis
A síndrome pode ser primária, quando atinge diretamente os rins, ou secundária, associada a doenças como diabetes, lúpus, hepatites virais ou ao uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides. Em crianças, a causa mais frequente é a chamada “doença de lesão mínima”, que costuma responder bem a corticóides.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico baseia-se em análises de urina, que revelam níveis elevados de proteína, e de sangue, que mostram albumina baixa e colesterol alto. Em situações específicas, pode ser necessária biópsia renal.

Imagem: g1.globo.com
A terapêutica depende da origem da síndrome. Em idade pediátrica, inicia-se habitualmente com corticóides; se não houver resposta, recorrem-se a imunossupressores como ciclosporina ou rituximabe. O plano pode incluir diuréticos para controlar o edema, inibidores da enzima de conversão da angiotensina para proteger a função renal, dieta com baixo teor de sal e suplementos de cálcio e vitamina D.
Prognóstico
Grande parte das crianças com doença de lesão mínima entra em remissão após o tratamento e pode levar vida normal, embora recaídas sejam possíveis. Situações relacionadas com outras patologias exigem acompanhamento contínuo.
Ao divulgar o diagnóstico da filha, Junior Lima e Monica Benini alertaram outros pais para a possibilidade de confusão entre o edema inicial e uma reação alérgica. O casal sublinhou ainda a importância de atenção precoce aos sinais e do seguimento médico adequado para reduzir complicações.

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