Ghislaine Maxwell nega lista de clientes em transcrição revelada
Ghislaine Maxwell nega lista de clientes em transcrição revelada
Ghislaine Maxwell nega lista de clientes em transcrição revelada. A ex-socialite, condenada por tráfico sexual ligado a Jeffrey Epstein, declarou a autoridades dos Estados Unidos que “não existe lista” de personalidades protegidas, segundo 300 páginas de entrevistas divulgadas pelo Departamento de Justiça.
Pontos centrais da entrevista
A conversa, ocorrida em julho com o vice-procurador Todd Blanche, traz negações de Maxwell sobre suposta chantagem, além de negativas de condutas impróprias atribuídas aos ex-presidentes Donald Trump e Bill Clinton. A britânica afirmou nunca ter presenciado comportamento inadequado de Trump, descrevendo-o como “cavalheiro em todos os aspectos”.
Sobre o Príncipe Andrew, Maxwell classificou como “inconcebíveis” as acusações de relações sexuais com uma menor em sua residência e reiterou que não foi ela quem apresentou o duque a Epstein. A famosa foto do príncipe ao lado da vítima — com Maxwell ao fundo — foi chamada por ela de “falsa”.
Negativa de “lista” e teorias de conspiração
Questionada diversas vezes, Maxwell rejeitou a existência da suposta “lista de clientes” que, para teóricos da conspiração, conteria nomes ilustres protegidos pelo chamado “deep state”. Ela também negou lembrar de presentes enviados por Trump a Epstein e refutou qualquer esquema de chantagem ligado aos encontros sociais do finado financista.
Entre outras figuras mencionadas na transcrição aparecem Bill Gates, Elon Musk, Ehud Barak, Robert F. Kennedy Jr., Kevin Spacey e Naomi Campbell, todos apontados como conhecidos de Epstein, mas sem qualquer prova de envolvimento em crimes.
Pedido de perdão presidencial e situação judicial
Cumprindo pena de 20 anos em uma prisão de baixa segurança no Texas, Maxwell pleiteia anulação da condenação na Suprema Corte americana e disse “acolher” um eventual indulto de Trump. A Casa Branca, contudo, assegura que “nenhuma clemência está sendo considerada”. Após a entrevista, Maxwell foi transferida de uma unidade na Flórida, sem explicação oficial para a mudança.
Imagem: Internet
O caso Epstein continua a gerar pressão política. Na sexta-feira, o Comitê de Supervisão da Câmara recebeu o primeiro lote de documentos sobre as investigações, prometendo torná-los públicos após a remoção de informações sensíveis, confirmou a BBC News.
As novas revelações reforçam o interesse global no processo e a disputa por transparência. Para acompanhar outras atualizações internacionais, visite nossa editoria de Notícias Brasil e Mundo.
Crédito da imagem: Getty Images
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