O fígado desempenha funções essenciais na digestão, metabolização de nutrientes, produção de proteínas e armazenamento de vitaminas e minerais. Quando sobrecarregado, o órgão pode desenvolver patologias como hepatite, esteatose hepática, cirrose ou cancro. Especialistas sublinham que mudanças quotidianas simples são a principal forma de prevenção.
Quando o fígado dá sinal de alerta
Sintomas como fadiga persistente, sabor amargo na boca, pele ou olhos amarelados, prurido, cólicas abdominais, náuseas, tonturas, cefaleias, perda de apetite, manchas roxas inexplicáveis, urina escura ou fezes esbranquiçadas indicam possíveis alterações hepáticas. A presença destes sinais exige avaliação médica imediata, uma vez que doenças do fígado tendem a manifestar sintomas apenas em estágios avançados.
Perder peso já alivia o órgão
A endocrinologista Marília Bortolotto, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, destaca que a redução de apenas 7 % do peso corporal excessivo traz benefícios mensuráveis ao fígado. «Não existe medicamento específico. A prioridade é a alteração do estilo de vida», reforça a médica.
Sete hábitos para um fígado saudável
Os especialistas reuniram sete práticas fundamentais para preservar o órgão e travar a progressão de lesões.
1. Manter uma alimentação equilibrada
Uma dieta rica em frutas, legumes, cereais integrais e gorduras insaturadas fornece os nutrientes necessários às funções de desintoxicação e produção de proteínas. Recomenda-se evitar produtos ultraprocessados, gorduras trans e saturadas, que sobrecarregam o fígado.
2. Controlar o peso
Excesso de peso e obesidade estão ligados à esteatose hepática. Combinar alimentação saudável com actividade física regular ajuda a prevenir ou reverter o acúmulo de gordura no órgão.
3. Limitar o consumo de álcool
Ingestão frequente e elevada de bebidas alcoólicas conduz à esteatose alcoólica, aumentando o risco de cirrose e cancro. A recomendação é beber com moderação ou abster-se, sobretudo quando já existe diagnóstico de doença hepática.
Imagem: metropoles.com
4. Evitar automedicação
O fígado metaboliza grande parte dos fármacos. Doses elevadas ou uso sem orientação podem causar lesões graves. Medicamentos só devem ser tomados com prescrição e acompanhamento médico.
5. Vigiar a diabetes
A resistência à insulina favorece a acumulação de gordura no fígado. Controlo glicémico rigoroso e monitorização periódica permitem reduzir o risco de esteatose não alcoólica.
6. Manter as vacinas em dia
Imunizações contra hepatites A e B constam do calendário vacinal e protegem o órgão contra inflamações severas. Cumprir o esquema de vacinas evita danos irreversíveis quando há contacto com os vírus.
7. Fazer consultas regulares
Avaliações médicas periódicas, acompanhadas de exames laboratoriais e imagiológicos, permitem detecção precoce de alterações hepáticas, aumentando as hipóteses de tratamento eficaz.
Do cuidado individual ao impacto colectivo
Doenças do fígado figuram entre as principais causas de mortalidade evitável. A adopção dos hábitos descritos contribui não só para a saúde individual, mas também para aliviar a pressão sobre os sistemas de saúde, reduzindo internamentos e procedimentos de elevado custo. O compromisso com um estilo de vida equilibrado continua a ser a estratégia mais eficaz para manter o fígado em pleno funcionamento.
Olá! Meu nome é Zaira Silva e sou a mente inquieta por trás do soumuitocurioso.com.
Sempre fui movida por perguntas. Desde pequena, queria saber como as coisas funcionavam, por que o céu muda de cor, o que está por trás das notícias que vemos todos os dias, ou como a tecnologia está transformando o mundo em silêncio, aos poucos. Essa curiosidade virou meu combustível — e hoje, virou um blog inteiro.