O músico Júnior Lima deu a conhecer a evolução clínica da filha mais nova, Lara, de três anos, diagnosticada com síndrome nefrótica, uma doença que afeta o funcionamento dos rins. A atualização foi feita durante entrevista televisiva emitida no domingo, 3 de agosto, na qual o artista descreveu as etapas até à confirmação do problema e o impacto que a situação teve na família.
Sinais iniciais e confirmação do diagnóstico
Segundo o cantor, o primeiro indício surgiu quando notou um aumento repentino de peso ao pegar a criança ao colo. Pouco depois, verificou inchaço generalizado, o que levou os pais a procurarem assistência médica. Os exames apontaram para uma perda significativa de proteínas na urina, característica típica da síndrome nefrótica, patologia pouco comum na infância e, por isso, de difícil reconhecimento imediato.
Após a confirmação, a criança iniciou tratamento com corticoides, terapia de primeira linha nesta condição. Júnior Lima sublinhou que uma percentagem considerável de crianças não reage adequadamente a este tipo de fármaco; contudo, no caso de Lara, os resultados foram positivos e rápidos. O edema regrediu e, atualmente, a menina encontra-se assintomática, embora siga acompanhada por nefrologistas e mantenha medicação regular.
Medidas de prevenção e rotina familiar
A terapêutica prescrita reduz a imunidade, o que obriga a cuidados adicionais para evitar infeções. O casal adoptou o uso de máscara em locais públicos e limita a exposição da filha a ambientes com aglomeração. Júnior Lima frisou que qualquer virose pode comprometer o progresso alcançado e forçar o reinício do protocolo médico.
O músico referiu ainda que a família reformulou rotinas domésticas para minimizar riscos: maior controlo da higienização de espaços, monitorização de sinais vitais e visitas restritas. Essas precauções, explicou, são temporárias mas essenciais para manter a estabilidade clínica de Lara.
Razões para falar publicamente
O artista afirmou ter decidido partilhar a história para alertar outros pais sobre sintomas muitas vezes ignorados. Disse ter vivido um período de incerteza “aflitiva” até obter um diagnóstico definitivo e considerou que a falta de informação sobre a síndrome nefrótica pode atrasar o tratamento noutras crianças. Ao tornar o caso público, espera contribuir para que mais famílias procurem orientação médica perante sinais semelhantes.
Embora o casal seja reservado quanto à vida pessoal, entendeu que a experiência tinha relevância social. “Se eu tivesse ouvido falar disto antes, talvez tivesse diagnosticado mais cedo”, declarou, realçando o papel da comunicação na identificação precoce de doenças raras.

Imagem: metropoles.com
Reação emocional e apoio recebido
Durante o relato, Júnior Lima não conteve a emoção ao recordar o momento em que recebeu o diagnóstico. Disse ter sentido receio face às possíveis complicações renais e à eventual necessidade de terapias invasivas. Relatou também ter encontrado apoio em familiares, incluindo a irmã Sandy Leah, e na equipa médica que acompanha Lara.
Além do suporte familiar, o músico mencionou mensagens de solidariedade enviadas por fãs após divulgar o caso nas redes sociais. Declarou que essas manifestações foram importantes para manter o ânimo da família durante as primeiras semanas de tratamento.
Estado atual e perspetivas
Com a criança estabilizada, o acompanhamento clínico continua a incluir análises regulares à urina e ao sangue para avaliar a função renal e ajustar a medicação. De acordo com o prognóstico transmitido à família, casos de resposta favorável ao corticoide, como o de Lara, têm tendência a evolução positiva, ainda que possam ocorrer recaídas.
Júnior Lima reafirmou o compromisso de seguir rigorosamente as recomendações médicas e de voltar a falar publicamente sempre que considerar útil para a consciencialização sobre a síndrome nefrótica. Até lá, a prioridade passa por preservar a saúde da filha e retomar gradualmente a normalidade da vida familiar, sem abdicar das precauções necessárias.

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