Macron chama Putin de ogro e duvida de paz na Europa
Macron chama Putin de ogro e duvida de paz na Europa
Macron chama Putin de ogro e duvida de paz na Europa foi a declaração mais contundente do presidente francês desde o início da ofensiva russa, reforçando a percepção de que Moscou não pretende recuar na Ucrânia nem abandonar futuras ameaças ao continente.
Macron chama Putin de ogro e duvida de paz na Europa
Em entrevista à emissora LCI exibida nesta terça-feira (13), Emmanuel Macron classificou Vladimir Putin como “predador” e “ogro à nossa porta”. Segundo ele, a Rússia investiu grande parte de sua economia na máquina de guerra desde 2022 e, por isso, não retornará a um estado de paz “sem continuar se alimentando”.
As declarações ocorrem no momento em que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump tenta articular um acordo que incluiria garantias de segurança para Kiev e um possível encontro histórico entre Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. Macron lidera, ao lado de aliados europeus, canadenses e internacionais, a elaboração dessas garantias, cuja minuta deve ficar pronta até o início de setembro.
Na quarta-feira (14), chefes de defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) analisaram cenários para essas salvaguardas e avaliaram a atual situação no campo de batalha. O encontro contou com a presença da general canadense Jennie Carignan e foi descrito como uma “discussão franca” sobre o futuro da segurança europeia.
Macron afirmou que, enquanto Putin acreditar ser possível obter ganhos territoriais pela força, não haverá negociação real. A visão contrasta com o otimismo de Trump, que ainda aposta em um cessar-fogo próximo, embora tenha admitido esta semana à Fox News que o líder russo “talvez não queira acordo algum”.
Diante do impasse, Kiev e aliados pedem novas sanções e tarifas contra Moscou. Ataques russos às cidades de Sumy e Odesa, que deixaram 15 feridos, serviram, segundo Zelenskyy, como prova de que o Kremlin “não está sério sobre a paz”.
Imagem: Sean Boynt Global Ne
O Kremlin disse aceitar receber Zelenskyy em Moscou, enquanto Macron cogita realizar a cúpula em Genebra. A viagem de Putin, no entanto, é limitada por um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional que o acusa de deportar crianças ucranianas.
No Canadá, o Ministério da Defesa confirmou que avalia manter o treinamento de tropas ucranianas como parte de um futuro pacote de segurança. Trump, por sua vez, descarta colocar soldados americanos em solo ucraniano, mas admite oferecer apoio aéreo a eventuais forças europeias.
Em resumo, a fala de Macron reforça a divisão entre líderes ocidentais sobre como pressionar Moscou e garante que o debate sobre as garantias de segurança para a Ucrânia continue no centro da agenda internacional. Para aprofundar outras análises geopolíticas, visite nossa editoria Notícias Brasil e Mundo e acompanhe os desdobramentos.
Crédito da imagem: Globalnews.ca
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