Ex-massagista do Atlético-MG exige R$ 4,3 milhões por horas extra e insalubridade

Belmiro de Oliveira, antigo massagista do Atlético-MG, apresentou uma ação trabalhista no Tribunal Regional do Trabalho da 3.ª Região a reclamar R$ 4.388.470,00. O profissional trabalhou no clube durante 55 anos, entre 1968 e julho de 2023, período em que acumulou funções de massagista e enfermeiro.

Demissão sem justa causa contestada

O ex-funcionário deixou o emblema mineiro após um aviso-prévio emitido duas semanas depois de um clássico frente ao América-MG, em julho de 2023. Os advogados sustentam que a dispensa ocorreu sem justa causa e que, durante todo o vínculo, Belmiro permaneceu à disposição da entidade «desde as 7h, sem horário fixo de saída» e a acompanhar a equipa em viagens estaduais, nacionais e internacionais.

Principais reivindicações

Na petição, o trabalhador alega nunca ter recebido:

  • Horas extras relativas ao tempo à disposição;
  • Adicional noturno;
  • Adicional de insalubridade de 10%, pelo exercício de atividades de enfermagem;
  • Valores correspondentes ao desvio de função (enfermeiro);
  • Pagamentos habituais de «bicho» integrados no cálculo de verbas rescisórias;
  • Recolhimentos de FGTS em períodos com carteira por assinar.

Montantes calculados

Os cálculos apresentados somam:

  • R$ 3.470.493,00 – horas extras por três horas diárias ao longo de todo o contrato;
  • R$ 557.820,00 – adicional de insalubridade de 10%;
  • R$ 300.000,00 – valores de «bicho» não integrados;
  • R$ 60.157,00 – diferenças salariais por desvio de função e FGTS estimado.

Pedidos adicionais

Belmiro requer ainda o reconhecimento formal das interrupções contratuais (1984, 1990, 2010 e 2023) com respetivos recolhimentos, assistência judiciária gratuita e condenação do clube ao pagamento de honorários advocatícios de 15% sobre o valor da causa, além da apresentação do histórico completo de pagamentos.

O Atlético-MG não se manifestou publicamente sobre o processo até ao momento.

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