O maxixe, parente próximo do pepino e da abóbora, continua a passar despercebido em muitas bancas de feira. Apesar do baixo custo, a nutricionista Cibele Santos destaca-o como um dos vegetais mais completos para a saúde, sobretudo no controlo da glicemia e da pressão arterial.
Fibras e minerais que protegem o coração
Segundo Cibele Santos, cada porção de maxixe fornece quantidades relevantes de potássio, mineral associado à dilatação dos vasos sanguíneos e ao equilíbrio do sódio no organismo. Esse efeito ajuda a reduzir a tensão arterial, factor de risco para doenças cardiovasculares. O vegetal também contém magnésio e cálcio, importantes na contracção muscular e na saúde óssea.
Além dos minerais, o maxixe é rico em fibras solúveis e insolúveis. As primeiras formam um gel durante a digestão, abrandando a absorção de glicose e colesterol; as segundas contribuem para o volume fecal e facilitam o trânsito intestinal. Esta combinação favorece tanto a saúde cardiovascular como o funcionamento do sistema digestivo.
Controlo da glicemia e da resistência à insulina
Para quem vive com diabetes ou resistência à insulina, o vegetal oferece uma dupla acção. As fibras retardam a entrada de açúcar na corrente sanguínea, evitando picos glicémicos, enquanto os flavonoides — quercetina, luteolina e apigenina — melhoram a sensibilidade das células à insulina. Este mecanismo torna o maxixe um aliado prático na gestão da doença.
Redução do colesterol e prevenção de anemia
Os fitoesteróis presentes no maxixe competem com o colesterol pelo espaço de absorção no intestino. Ao reduzir a quantidade de colesterol que entra na circulação, estes compostos contribuem para a manutenção de níveis saudáveis de LDL. A mesma composição nutricional fornece ferro, útil na prevenção da anemia ferropriva, especialmente em dietas com baixo teor de carne.
Ação antioxidante e reforço imunitário
O vegetal concentra antioxidantes que inactivam radicais livres formados por poluição, radiação solar ou processos inflamatórios. A acção protectora atenua o envelhecimento celular e reduz o risco de mutações associadas ao desenvolvimento tumoral. Em paralelo, esses antioxidantes estimulam a produção de células de defesa, fortalecendo a resposta imune contra infecções.

Imagem: metropoles.com
Benefícios adicionais para digestão e controlo de peso
Pessoas com constipação intestinal podem beneficiar da combinação de fibras que o maxixe oferece. Durante a fermentação, estas fibras alimentam bactérias benéficas da microbiota, promovendo equilíbrio intestinal e, indiretamente, impactando positivamente o sistema imunitário. Por ser pobre em calorias e rico em fibras, o alimento prolonga a saciedade e apoia planos de emagrecimento.
Versatilidade culinária
Cozido, refogado ou em sopas, o maxixe possui sabor suave que harmoniza bem com arroz, feijão e outros legumes. Pode integrar ensopados ou saladas mornas, oferecendo textura crocante quando cozinhado por pouco tempo. A especialista recomenda incluí-lo em refeições quotidianas para potenciar o aporte de micronutrientes sem aumentar significativamente o custo do prato.
Com um perfil nutricional que combina potássio, fibras, antioxidantes e ferro, o maxixe mostra-se uma solução acessível para quem procura controlar a tensão arterial, estabilizar a glicemia e reforçar a saúde de forma geral. O consumo regular pode ser tão simples quanto acrescentá-lo numa sopa ou refogado, tornando-o num aliado constante da alimentação equilibrada.

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