A Microsoft ultrapassou esta semana a fasquia dos 4 triliões de dólares em capitalização bolsista, tornando-se a segunda empresa do mundo a atingir esse valor, apenas alguns meses depois da Nvidia ter inaugurado o exclusivo clube dos quatro triliões.
Marco histórico no mercado bolsista
O salto ocorreu após a divulgação dos resultados do último trimestre do exercício fiscal de 2025. As ações da tecnológica de Redmond avançaram na Nasdaq logo depois de a empresa revelar uma receita trimestral de 76,4 mil milhões de dólares e um lucro líquido de 27,2 mil milhões. Estes números representam crescimentos de 18 % na faturação e de 24 % nos lucros face ao trimestre anterior.
Em termos históricos, o novo máximo surge seis anos depois de a Microsoft ter quebrado, pela primeira vez, a barreira do trilião de dólares, em 2019. A valorização recente acompanha a tendência de alta do índice Nasdaq, impulsionada, entre outros fatores, pela aproximação do fim das isenções tarifárias nos Estados Unidos, que levou vários investidores a reforçar posições em tecnológicas.
Inteligência artificial motiva forte procura
De acordo com a própria empresa, a principal alavanca para o desempenho financeiro foi o segmento de servidores Azure, cuja receita avançou 39 % em relação ao mesmo período do ano passado. O director-executivo, Satya Nadella, sublinhou que os serviços de inteligência artificial integrados na plataforma estão a ser adotados com maior rapidez por clientes empresariais e particulares.
Entre os produtos destacados surge o Copilot, chatbot de IA generativa que já regista mais de 100 milhões de utilizadores mensais. No total, quase 800 milhões de pessoas interagem atualmente com funcionalidades de IA da Microsoft, refere a companhia.

Imagem: tecmundo.com.br
Reestruturação interna e cortes de pessoal
O crescimento do valor de mercado contrasta com as medidas de contenção aplicadas no início do mês, quando cerca de 9 000 postos de trabalho foram eliminados e diversos projetos considerados não estratégicos foram cancelados. A administração justificou as demissões com a necessidade de realocar recursos para áreas de maior retorno, nomeadamente computação em nuvem e inteligência artificial.
Próxima meta no horizonte
Com Microsoft e Nvidia já acima dos 4 triliões, os analistas olham agora para a Apple como a potencial terceira integrante do grupo. A empresa de Cupertino apresenta uma capitalização bolsista próxima dos 3,2 triliões de dólares e poderá beneficiar da mesma dinâmica de mercado que impulsionou as suas concorrentes, sobretudo se os novos iPhone e serviços gerarem procura adicional.
Para já, a tecnológica fundada por Bill Gates reforça a posição entre as empresas mais valiosas do planeta, sustentada por resultados financeiros robustos e pela aposta continuada em inteligência artificial e serviços de nuvem.

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