Malcolm-Jamal Warner, conhecido mundialmente pelo papel de Theo Huxtable na série norte-americana “The Cosby Show”, morreu no domingo, 2 de junho, aos 54 anos, após se afogar durante férias na Costa Rica. A informação foi confirmada pela Agência de Investigação Judicial do país.
De acordo com as autoridades locais, o ator nadava em Playa Grande, na localidade de Cocles, província de Limón, por volta das 14h (20h em Brasília), quando foi arrastado por uma forte corrente marítima. Pessoas que estavam na praia conseguiram retirá-lo da água e acionaram a Cruz Vermelha Costarriquenha, mas os socorristas declararam o óbito ainda no local.
Warner estava acompanhado da família na viagem. Ele deixa esposa e uma filha. Não foram divulgadas informações sobre a data de traslado do corpo ou cerimônias fúnebres.
Carreira marcada por sucesso na televisão
Nascido em 18 de agosto de 1969, em Jersey City, Nova Jersey, Malcolm-Jamal Warner iniciou a trajetória artística na infância. O grande destaque chegou aos 14 anos, quando foi escolhido por Bill Cosby para interpretar Theo, o filho caçula da família Huxtable, na sitcom exibida entre 1984 e 1992. O programa liderou a audiência norte-americana por cinco temporadas consecutivas, de 1985 a 1990, e se tornou um marco por retratar uma família negra de classe média alta em horário nobre.
Pelo desempenho na série, o ator recebeu indicação ao Emmy de Melhor Ator Coadjuvante em Comédia em 1986. Anos depois, em entrevistas, Warner relatou que foi o último candidato avaliado nos testes nacionais para o papel, conquistando o posto no último dia de audições.
Com o fim de “The Cosby Show”, o artista seguiu ativo na televisão. Entre 1996 e 2000, protagonizou a sitcom “Malcolm & Eddie”, ao lado do comediante Eddie Griffin. Também fez participações em produções populares como “The Fresh Prince of Bel-Air” e “Sesame Street”.
Mais recentemente, integrou o elenco fixo do drama médico “The Resident”, transmitido pela Fox, na pele do cirurgião cardio-torácico AJ Austin. Em comunicado, a emissora afirmou estar “de coração partido com a perda trágica de nosso amigo e colega”.
Reconhecimento na música e outras iniciativas
Além da atuação, Warner teve passagem expressiva pela música. Em 2015, venceu o Grammy de Melhor Performance de R&B Tradicional, ao lado de Robert Glasper e Lalah Hathaway, pela releitura de “Jesus Children of America”, de Stevie Wonder. O projeto de spoken word “Hiding in Plain View” rendeu nova indicação ao prêmio em 2023.
No ano passado, o artista lançou o podcast “Not All Hood”, dedicado a debates sobre saúde mental na comunidade negra, tema que ele considerava essencial para o bem-estar coletivo.
Homenagens de colegas e personalidades
A notícia da morte gerou ampla repercussão nas redes sociais. O músico Questlove, as atrizes Taraji P. Henson, Jennifer Hudson, Jennifer Love Hewitt, Vivica A. Fox e Tracee Ellis Ross, o ator Jamie Foxx, o comediante Kevin Hart e o ex-jogador de basquete Magic Johnson manifestaram pesar. Johnson, que trabalhou com Warner em um vídeo de conscientização sobre HIV, lembrou as conversas que ambos mantinham sobre esporte, vida e negócios.
Parceiro de cena em “Malcolm & Eddie”, Eddie Griffin descreveu o colega como “meu grande irmão mais novo”. Já a atriz Niecy Nash revelou ter conversado recentemente com o ator sobre a felicidade de ambos nos respectivos casamentos.
Além do meio artístico, o senador Raphael Warnock, da Geórgia, destacou a importância de Theo Huxtable para a geração que acompanhou “The Cosby Show”, classificando o personagem como “um irmão que parecia parte da família”.
Até o momento, não há detalhes sobre investigações adicionais. A Agência de Investigação Judicial indicou que as evidências apontam para afogamento causado por correntes marítimas fortes, fenômeno comum na região litorânea do Caribe costarriquenho.
Malcolm-Jamal Warner construiu carreira versátil, que transita entre comédia, drama, música e produção audiovisual. Sua morte encerra quase quatro décadas de atividade artística iniciada ainda na adolescência, deixando legado reconhecido por colegas, críticos e fãs ao redor do mundo.
Fonte: BBC News

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