“Perdido na Montanha” (Lost on a Mountain in Maine) entrou para o Top 10 da Netflix e chama a atenção por adaptar um dos episódios de sobrevivência juvenil mais citados do século XX. A longa-metragem, realizada por Andrew Kightlinger e lançada em 2024, reconstrói os nove dias em que o norte-americano Donn Fendler, então com 12 anos, permaneceu isolado no Monte Katahdin, em 1939.
O que aconteceu no Monte Katahdin
Durante uma caminhada familiar, uma tempestade separou Donn do grupo que integrava o pai, irmãos e um amigo. Sem mantimentos nem equipamento adequado, o jovem seguiu sozinho pela montanha mais alta do Maine, parte final da Trilha dos Apalaches. A operação de busca envolveu centenas de voluntários, mas o paradeiro do rapaz manteve-se desconhecido durante mais de uma semana. Ao fim de nove dias, Donn foi encontrado vivo, com perda de peso acentuada, múltiplas picadas de inseto e sinais de desidratação.
Anos depois, o próprio Fendler atribuiu a sobrevivência aos conhecimentos adquiridos no escutismo, que lhe permitiram manter a orientação e a calma. O caso tornou-se manchete nacional, mereceu capa no The New York Times e converteu o rapaz num símbolo de resistência.
Da história real ao cinema
A narrativa foi registada em 1939 no livro “Lost on a Mountain in Maine”, escrito por Fendler em parceria com o jornalista Joseph B. Egan. A obra permanece leitura recomendada nas escolas do Maine.
No filme, Kightlinger intercala dramatizações com excertos de entrevistas de época, incluindo declarações do próprio Fendler, falecido em 2016. A produção mantém enfoque factual, evitando a ficcionalização de eventos e sublinhando a dimensão humana da busca.
Disponibilidade e classificação
“Perdido na Montanha” encontra-se disponível no catálogo global da Netflix e apresenta classificação indicada para todos os públicos. Com duração aproximada de 100 minutos, a produção conjuga depoimentos, reconstrução histórica e imagens de arquivo para contextualizar o acontecimento que marcou a memória colectiva dos Estados Unidos.

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