A Nintendo emitiu um aviso de segurança para os utilizadores da nova consola Switch 2, recomendando que o equipamento seja utilizado apenas em ambientes com temperaturas entre 5 °C e 35 °C. De acordo com a nota divulgada no serviço de apoio ao cliente da empresa no Japão, operar o dispositivo fora desse intervalo pode provocar sobreaquecimento e falhas de funcionamento.
Limites de temperatura e cuidados essenciais
Segundo a Nintendo, o calor excessivo aumenta o risco de mau desempenho do sistema de arrefecimento, obrigando a consola a reduzir a velocidade de processamento ou mesmo a desligar-se para prevenir danos permanentes. A fabricante aconselha ainda a manter as entradas e saídas de ar livres de poeira ou obstruções, especialmente durante sessões prolongadas.
O alerta repete recomendações semelhantes às apresentadas em 2022 para o modelo original, mas surge num momento em que as temperaturas no Japão ultrapassam os 35 °C, valor já acima do limite indicado. A capital Tóquio registou máximas que rondam os 37 °C, levando as autoridades locais a emitir igualmente avisos de saúde pública.
Impacto para regiões de clima quente
Embora o comunicado tenha sido publicado no Japão, as implicações estendem-se a países como o Brasil, onde o verão costuma superar com facilidade a faixa aconselhada. Em cidades como Rio de Janeiro e Manaus, os termómetros já atingiram sensações térmicas próximas dos 60 °C e temperaturas reais perto dos 38 °C, respetivamente. Nestes cenários, a Nintendo recomenda jogar em divisões climatizadas ou bem ventiladas e evitar utilizar o dispositivo ao ar livre nas horas de maior calor.
O Instituto Nacional de Meteorologia brasileiro confirmou que 2024 foi o ano mais quente desde que há registos, o que reforça a necessidade de precauções adicionais durante o próximo verão. Para utilizadores que planeiam longas sessões de jogo, a empresa sugere pausas regulares, monitorização da temperatura ambiente e posicionamento da consola longe de fontes de calor direto.
Dificuldade de reparação agrava riscos
A preocupação com sobreaquecimento ganha relevância adicional devido à reduzida pontuação de reparabilidade do Switch 2. Um desmonte realizado pelo iFixit atribuiu ao modelo 3 pontos em 10, abaixo dos 4 obtidos pelo primeiro Switch. A bateria encontra-se fixada com adesivo resistente, exigindo álcool isopropílico e ferramentas especializadas para remoção. Além disso, componentes como porta USB-C e módulos de armazenamento vêm soldados à placa-mãe, dificultando substituições.
Em contraste, ventoinha, altifalantes e botões de expansão utilizam parafusos padrão e são mais acessíveis. No entanto, a ausência de manuais oficiais e de peças fornecidas diretamente pela Nintendo limita intervenções domésticas e encarece a manutenção em centros de reparação.
Imagem: tecmundo.com.br
Recomendações práticas para jogadores
Para reduzir o risco de falha por aquecimento, especialistas sugerem colocar o Switch 2 num suporte que permita circulação de ar por baixo do equipamento, evitar cobrir as grelhas de ventilação e pausar o jogo se a consola ficar demasiado quente ao toque. Caso a temperatura ambiente exceda 35 °C, a opção mais segura passa por adiar a utilização ou deslocar-se para um local refrigerado.
Os utilizadores que enfrentem problemas de desempenho, encerramentos inesperados ou mensagens de erro relacionadas com temperatura devem desligar imediatamente o dispositivo, permitir o arrefecimento natural e verificar se as ventoinhas estão a funcionar corretamente. Se os sintomas persistirem, a assistência técnica autorizada é a solução recomendada.
Contexto empresarial e expectativas
O Switch 2 ainda não tem calendário oficial de lançamento em Portugal, mas a nova geração já gera expectativas entre jogadores que procuram melhor desempenho portátil. Com o presente aviso, a Nintendo procura mitigar potenciais críticas relacionadas com fiabilidade em climas quentes, sublinhando a importância de condições de utilização adequadas para preservar a vida útil do hardware.
Enquanto a marca reforça as instruções de segurança, consumidores de regiões de clima mais ameno não deverão sentir impacto significativo. Já em mercados tropicais ou sujeitos a ondas de calor, a experiência de jogo poderá depender da disponibilidade de espaços interior climatizados, fator a considerar na decisão de compra.
Em síntese, o principal fabricante japonês recorda que o Switch 2 foi concebido para funcionar dentro de um intervalo térmico restrito. Ultrapassar esse limite pode não só prejudicar a experiência de jogo, como dificultar reparações posteriores. A mensagem da Nintendo é clara: manter a consola fresca é essencial para evitar contratempos e garantir o desempenho esperado.
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