Oito elementos dos carros atuais com dias contados na era dos veículos conectados

A rápida evolução de tecnologias como inteligência artificial, conectividade em nuvem e propulsão elétrica vem transformando a indústria automotiva. Projeções de montadoras e especialistas indicam que diversos componentes considerados indispensáveis nos veículos atuais tendem a desaparecer ou a ser substituídos em um curto espaço de tempo. A lista inclui desde itens mecânicos tradicionais até comandos presentes no interior dos automóveis.

1. Chave física

A clássica chave metálica perdeu espaço para sistemas de acesso sem contato. Leitores de proximidade, aplicativos no celular, cartões NFC e autenticação biométrica já destravam portas e autorizam a partida assim que o motorista se aproxima. A tendência torna a chave convencional dispensável e amplia a integração entre veículo e dispositivos móveis.

2. Câmbio manual

O câmbio manual, por décadas associado à esportividade e ao controle direto da condução, dá lugar a transmissões automáticas, continuamente variáveis ou, nos elétricos, a sistemas que dispensam trocas de marcha. Em mercados como Europa e Estados Unidos, a participação de veículos manuais despenca há anos, indicando que esse tipo de transmissão pode se tornar raro ou restrito a nichos específicos.

3. Botões físicos no painel

Com o avanço das centrais multimídia, comandos por voz e telas sensíveis ao toque, botões e mostradores convencionais são reduzidos a funções essenciais ou desaparecem completamente. Modelos recentes apostam em painéis minimalistas, nos quais a maioria das configurações do veículo é ajustada por menus digitais, gestos ou assistentes virtuais.

4. Painéis analógicos

Velocímetro, conta-giros e indicadores de combustível em formato de ponteiro migraram para painéis de instrumentos totalmente digitais. Telas configuráveis permitem alterar a disposição das informações conforme a preferência do condutor e incluem gráficos em tempo real sobre consumo, navegação e sistemas de assistência. Em versões mais avançadas, head-up displays projetam dados no para-brisa, eliminando a necessidade de olhar para baixo.

5. Espelhos retrovisores convencionais

Sistemas baseados em câmeras externas e monitores internos substituem os espelhos tradicionais. A mudança melhora a aerodinâmica, amplia o campo de visão e reduz pontos cegos. Em alguns países, as autoridades de trânsito já autorizam veículos equipados apenas com “retrovisores virtuais”, solução que deve se disseminar à medida que os custos caem e a legislação se adapta.

6. Motor a combustão

Governos e fabricantes estabeleceram metas para encerrar a produção de veículos exclusivamente a gasolina ou diesel nas próximas décadas. A expansão de motores elétricos, híbridos plug-in e células a combustível aponta para a gradual substituição dos powertrains a combustão, impactando diretamente a cadeia de suprimentos de componentes como pistões, velas e sistemas de injeção.

7. Escapamento

Sem queima de combustível fóssil, não há emissão de gases e, portanto, o escapamento se torna desnecessário nos veículos elétricos. A remoção desse conjunto resulta em menor peso, reduz custos de manutenção e simplifica o desenho da parte inferior do carro. A mudança também contribui para diminuir o ruído externo.

8. Freio de mão mecânico

A alavanca tradicional instalada entre os bancos dianteiros cede espaço a freios de estacionamento eletrônicos. Acionados por botão, esses sistemas mantêm o veículo imobilizado automaticamente e podem integrar assistentes de partida em rampa e controles de estabilidade. A adoção em massa elimina cabos, simplifica a montagem e libera espaço no console central.

Essas mudanças representam apenas parte das transformações previstas para os próximos anos. A combinação de softwares cada vez mais sofisticados, atualizações remotas e módulos de direção autônoma deve alterar profundamente a experiência de condução e a própria configuração interna dos veículos, acelerando o abandono de componentes que marcaram a história do automóvel no último século.

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