Ozzy Osbourne, cantor britânico falecido esta terça-feira aos 76 anos, deixou uma carreira marcada por episódios insólitos que ajudaram a construir a sua imagem de “Príncipe das Trevas”. Nascido em Birmingham, destacou-se como vocalista dos Black Sabbath antes de iniciar uma bem-sucedida trajetória a solo.
Mordidas, animais e vacinas contra a raiva
Em 1981, durante uma reunião com executivos da CBS, a intenção era libertar pombas como gesto simbólico. Sob efeito de álcool, Osbourne agarrou uma ave e mordeu-lhe a cabeça, espalhando sangue sobre a mesa. O mesmo viria a acontecer a uma segunda pomba, deixando a gravadora em choque.
O incidente mais célebre ocorreu no ano seguinte. Num concerto, um fã atirou um morcego vivo para o palco; julgando tratar-se de um brinquedo, o músico mordeu o animal. O erro obrigou-o a receber vacinas contra a raiva e ficou para sempre associado à sua imagem pública.
Excessos em hotéis e no Alamo
Na década de 1970, durante uma digressão, Osbourne levou um tubarão morto para o quarto de hotel que partilhava com Tony Iommi. O guitarrista recorda que o cantor desmembrou o animal e espalhou sangue pela divisão, cenário que obrigou a uma limpeza dispendiosa.
Já nos anos 1980, em San Antonio, Texas, o músico foi detido por urinar num monumento do complexo do Alamo enquanto vestia um traje pertencente à esposa, Sharon. O ato resultou num banimento de dez anos da cidade, levantado apenas após pedido público de desculpas e uma doação de 10 mil dólares para a preservação do local.
Competição com Mötley Crüe e conflito familiar
Numa digressão com o Mötley Crüe, Osbourne entrou num desafio de excessos com os elementos da banda. Para provar a sua “superioridade”, cheirou uma fila de formigas na berma da estrada e, de seguida, lambeu urina do baixista Nikki Sixx, gesto confirmado pelo baterista Tommy Lee.
Em 1989, o consumo de substâncias levou a um episódio de violência doméstica. O cantor tentou estrangular Sharon Osbourne em casa, sendo posteriormente detido. Passou vários meses internado e acabou por não enfrentar queixa formal, após decisão da própria esposa.
Spray tóxico e lesão no colega
Num momento anterior, em 1972, o artista aplicou um spray desconhecido no baterista Bill Ward, que perdeu a consciência pouco depois. O rótulo indicava tratar-se de um produto altamente tóxico, obrigando a intervenção médica imediata.
Estes episódios ilustram a faceta mais controversa de Ozzy Osbourne, cuja carreira musical permanece referência no heavy metal.

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