A Disney transformou o perfil das suas protagonistas ao longo das últimas décadas. As princesas deixaram de aguardar pelo resgate para assumir papéis ativos nas próprias histórias, refletindo valores como independência, empatia e responsabilidade social. Oito personagens ilustram essa mudança de paradigma.
Novo retrato das protagonistas
Moana, Merida, Elsa, Anna, Raya, Mirabel, Tiana e Mulan protagonizam enredos em que as decisões partem delas próprias e não de figuras externas. O foco desloca-se de romances tradicionais para temas como proteção ambiental, aceitação pessoal ou a luta contra estereótipos de género. Ao posicionar mulheres jovens no centro da ação, a Disney responde a mudanças culturais e oferece modelos mais diversos ao público infantil e adulto.
Principais características de cada heroína
Moana lidera a viagem que devolve equilíbrio a uma ilha polinésia ao desafiar normas da sua comunidade para enfrentar o oceano. Sem poderes mágicos, destaca-se pela determinação e pela ligação à natureza.
Merida, princesa escocesa de «Valente», rejeita o casamento arranjado e prefere aperfeiçoar a arqueiria. A personagem questiona tradições para definir o próprio destino, sublinhando a importância da autonomia.
Elsa, em «Frozen», aprende a controlar habilidades de gelo e neve depois de anos a escondê-las por medo de prejudicar terceiros. A narrativa centra-se na aceitação da identidade e na superação de isolamento.
Anna, também de «Frozen», prova que o amor verdadeiro pode ser fraternal. A sua aventura para salvar a irmã reforça a relevância dos laços familiares e da solidariedade.
Raya percorre um território dividido para encontrar o último dragão e restaurar a confiança entre povos rivais. A filme realça a necessidade de cooperação para resolver crises coletivas.
Mirabel, de «Encanto», é a única integrante da família sem poderes extraordinários, mas torna-se essencial quando a magia do clã entra em colapso. A história demonstra que valor pessoal não depende de dons especiais.

Imagem: tecmundo.com.br
Tiana, em «A Princesa e o Sapo», trabalha para abrir um restaurante em Nova Orleães. A mensagem incide no mérito adquirido através de esforço contínuo, não de sortilégios.
Mulan ocupa o lugar do pai no exército imperial ao disfarçar-se de homem. A personagem enfrenta preconceito para proteger a família e a pátria, refletindo coragem em ambientes dominados por homens.
Impacto junto do público
Ao privilegiarem protagonismo feminino, estas histórias oferecem referências de coragem, perseverança e pensamento crítico. Crianças observam personagens que lideram equipas, questionam tradições e resolvem conflitos com diálogo. Adultos encontram abordagens a temas universais — identidade, dever, pertença — sem depender de finais centrados em casamentos ou coroações.
Tendência narrativa e representatividade
A diversidade cultural e étnica também se torna mais visível. Tiana assume o protagonismo afro-americano, Moana celebra heranças polinésias e Raya apresenta um universo inspirado no sudeste asiático. Esta variedade amplia o leque de experiências retratadas no grande ecrã, permitindo que diferentes audiências se reconheçam nas personagens.
Conclusão
Com estas oito princesas, a Disney consolida uma abordagem que privilegia autonomia, inclusão e desenvolvimento pessoal. As personagens demonstram que heroísmo pode surgir da liderança comunitária, da proteção familiar ou da própria descoberta interior — mensagens que continuam a ressoar junto de várias gerações.

Olá! Meu nome é Zaira Silva e sou a mente inquieta por trás do soumuitocurioso.com.
Sempre fui movida por perguntas. Desde pequena, queria saber como as coisas funcionavam, por que o céu muda de cor, o que está por trás das notícias que vemos todos os dias, ou como a tecnologia está transformando o mundo em silêncio, aos poucos. Essa curiosidade virou meu combustível — e hoje, virou um blog inteiro.