O 19.º Anuário de Segurança, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), regista 917 748 queixas de roubo e furto de telemóveis no Brasil em 2024, menos 13,4 % do que no ano anterior.
Onde e quando o crime acontece
São Paulo concentra uma em cada cinco ocorrências, enquanto São Luís e Belém apresentam as taxas mais elevadas quando ponderadas pela população. Os furtos são mais frequentes ao fim de semana (34 % dos casos); os roubos, por oposição, surgem sobretudo entre quinta-feira e sexta-feira, com picos entre as 4h00 e as 6h00 e das 18h00 às 23h00.
Vias públicas lideram como cenário do crime (79,6 % dos roubos e 43,7 % dos furtos). Nos furtos, ganham relevância estabelecimentos comerciais (14,6 %), residências (12 %) e transportes públicos ou privados (11 %). A maioria das vítimas tem entre 20 e 39 anos; nos roubos prevalecem homens (59,1 %), enquanto nos furtos a diferença favorece ligeiramente as mulheres (50,2 %).
Estados em destaque e taxas de recuperação
O Piauí registou a maior redução de ocorrências (-29,7 %) e lidera na recuperação de dispositivos: um telemóvel é devolvido por cada 2,7 crimes notificados. No extremo oposto surge o Pará, com apenas uma recuperação por 65,3 registos. Em média, a polícia brasileira reencontra 8 % dos aparelhos levados.
O anuário relaciona a diferença de desempenho com programas específicos. O Piauí foi o primeiro a adoptar o serviço de alerta de telemóveis roubados ou furtados, agora expandido a nível nacional pelo programa Celular Seguro.
Fatores que explicam a descida
O FBSP aponta a alteração do perfil criminal ao pós-pandemia como um dos motores da queda: cresce o número de fraudes digitais, enquanto reduz a subtracção física de equipamentos. O relatório também associa a descida a operações policiais direccionadas e ao uso generalizado de mecanismos de bloqueio, como autenticação biométrica, que dificultam a revenda dos aparelhos.
Quanto às marcas preferidas pelos criminosos, Samsung e Motorola lideram, seguidas pela Apple, posição coerente com a participação de mercado de cada fabricante no país.
Apesar do recuo nas ocorrências, o estudo assinala que a recuperação dos dispositivos continua instável e defende o reforço das capacidades investigativas para elevar a percentagem de telemóveis devolvidos aos legítimos proprietários.

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