Silent Hill F revela ambiente japonês e combate corpo-a-corpo antes da estreia de setembro

Silent Hill F, próximo capítulo da série de terror da Konami, foi apresentado num teste fechado que permitiu jogar cerca de cinco horas da campanha. O ensaio, realizado numa versão para PlayStation 5, confirmou diversos pormenores da produção, prevista para chegar ao mercado a 25 de setembro de 2025.

Cenário inédito no Japão dos anos 1960

Ao contrário dos títulos anteriores, tradicionalmente ambientados na cidade norte-americana que dá nome à série, o novo jogo decorre em Ebisugaoka, uma localidade fictícia situada no interior do Japão durante o período Showa. A trama acompanha a protagonista Hinako Shinzumi, que vive os acontecimentos numa fase de austeridade social e económica pós-guerra.

O argumento foi confiado a Ryukishi07, autor conhecido no país pelo trabalho em “Higurashi no Naku Koro ni”, enquanto a banda sonora volta a contar com Akira Yamaoka, compositor dos primeiros jogos da franquia. Segundo a Konami, a deslocação da narrativa para o contexto japonês pretende explorar as raízes culturais que influenciaram a série original, mantendo os elementos de névoa densa e atmosfera opressiva.

Jogabilidade focada em armas brancas

Silent Hill F adopta, pela primeira vez na saga, um sistema de combate restrito a armas corpo-a-corpo. O jogador pode transportar até três objectos – entre canos, facas ou foices – cada um com barra de durabilidade limitada. Quando se esgota, a arma parte, obrigando a procurar alternativas no cenário. A protagonista dispõe ainda de esquiva rápida e contra-ataques, funcionalidades que consomem estamina, indicador igualmente visível na interface.

Outra novidade é o medidor de sanidade. Golpes inimigos ou encontros com entidades aumentam a instabilidade mental de Hinako, provocando dano gradual. Quando essa barra enche, torna-se possível executar golpes mais fortes, mas com o risco acrescido de desorientação.

Sistema de evolução e pontos de fé

Pelo mapa, encontram-se pequenos santuários que desempenham duplo papel: ponto de gravação e local de melhoramento. Itens consumíveis recolhidos durante a exploração podem ser oferecidos nesses altares e convertidos em pontos de fé. A moeda interna serve para adquirir amuletos de efeitos variados ou reforçar atributos como vida, estamina e sanidade.

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Imagem: tecmundo.com.br

Mapeamento automático e diário da protagonista

A série abandona o tradicional recolher de mapas físicos. Sempre que uma nova área é alcançada, o jogo gera automaticamente o respectivo esboço, acessível através do menu. O diário pessoal de Hinako actualiza-se com entradas narrativas e ilustrações depois de eventos chave, funcionando como registo de personagens, quebra-cabeças resolvidos e progresso geral.

Outro Mundo com estética de palácio espiritual

O já característico Outro Mundo reaparece em formato distinto. Em vez da habitual transformação industrial ou enferrujada, a dimensão paralela surge inspirada na arquitectura de templos antigos, privilegiando escuridão, colunas de madeira e jogo de sombras. Nesse espaço, a protagonista obtém armas especiais sem limite de durabilidade e alterna entre realidade e dimensão paralela ao adormecer ou perder os sentidos.

Estrutura narrativa e finais múltiplos

A Konami confirmou que a campanha oferece cinco desfechos, dependentes das escolhas e desempenho do jogador. Durante a demonstração, foi possível verificar que a progressão intercala exploração de Ebisugaoka, onde a população parece ter desaparecido subitamente, com secções no Outro Mundo dominadas por raízes vermelhas que corrompem matéria orgânica.

Calendário de lançamento

Silent Hill F tem lançamento global agendado para 25 de setembro de 2025 em plataformas ainda por detalhar além da versão de PlayStation 5 já exibida. Até à data, a Konami deverá divulgar novos trailers com ênfase nas criaturas, nas mecânicas de combate e na banda sonora, reforçando a estratégia de retomar a série com uma proposta independente do enredo principal.

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