Síndrome das pernas inquietas: ferro intravenoso lidera

Síndrome das pernas inquietas: ferro intravenoso lidera

Síndrome das pernas inquietas: ferro intravenoso lidera

Síndrome das pernas inquietas: ferro intravenoso lidera o protocolo de tratamento para pacientes com deficiência de ferro, segundo diretriz recém-publicada pela Associação Americana de Medicina do Sono.

Entenda a mudança nas recomendações

A atualização, divulgada no Journal of Clinical Sleep Medicine, coloca a infusão de ferro como terapia de primeira linha para a síndrome das pernas inquietas (SPI) quando há carência do mineral. Até então, os agonistas dopaminérgicos eram a opção inicial mais prescrita.

Por que o ferro é decisivo

A SPI é um distúrbio neurológico sensório-motor que afeta de 5% a 15% dos adultos, sobretudo mulheres e idosos. Formigamento, dor ou coceira nas pernas, piorando à noite, são queixas típicas. O ferro participa da síntese de dopamina, neurotransmissor que regula os movimentos; sua falta no cérebro, mesmo com exames sanguíneos normais, está associada aos sintomas.

Como fica o tratamento

O protocolo determina início com ferro oral por três meses, tomado pela manhã e acompanhado de alimento ácido para melhorar a absorção. Persistindo os sintomas ou havendo intolerância gastrointestinal, a via intravenosa é indicada. Segundo especialistas, a infusão oferece resposta clínica mais rápida e menos efeitos adversos, como constipação.

No Brasil, porém, o acesso ao ferro intravenoso ainda é limitado: planos de saúde cobrem parcialmente e o Sistema Único de Saúde não contempla o procedimento para SPI.

Menos ênfase nos dopaminérgicos

Os agonistas dopaminérgicos, úteis no início do uso, passaram a ser vinculados ao fenômeno de “aumentação”, que agrava e antecipa os sintomas. As novas diretrizes priorizam os alfa-delta ligantes (pregabalina e gabapentina) quando a suplementação de ferro é insuficiente. Para casos graves, opioides em baixas doses entram como alternativa, sempre com monitoramento rigoroso.

Cenário pediátrico e orientação preventiva

Em crianças, faltam estudos sobre segurança de várias drogas, tornando a reposição oral de ferro a principal abordagem. A SPI pediátrica pode provocar distúrbios comportamentais, reforçando a importância do diagnóstico precoce.

Não há método comprovado de prevenção, mas exercícios regulares, higiene do sono e redução de cafeína podem aliviar o desconforto.

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Crédito da imagem: Getty Images

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