Trump revela plano de Inteligência Artificial e assina três ordens executivas

Donald Trump deverá divulgar, esta quarta-feira (23), o seu Plano de Ação para a Inteligência Artificial, cumprindo a promessa feita 180 dias após o início do segundo mandato. O anúncio está agendado para um evento do All-In Podcast, espaço seguido por investidores do Vale do Silício e apresentado, entre outros, por David Sacks, escolhido pelo presidente como responsável máximo para a área de IA e criptomoedas.

Três ordens executivas em cima da mesa

Fontes próximas da Casa Branca indicam que, além do plano, Trump assinará três ordens executivas:

1. Restringir modelos de IA considerados “woke”, acusados pelo executivo de exibirem viés político liberal;
2. Simplificar licenças e regras para a construção de centros de dados, respondendo às exigências de capacidade computacional;
3. Mobilizar a agência federal de financiamento ao desenvolvimento para incentivar a exportação de tecnologias norte-americanas.

Estas medidas pretendem fortalecer a posição dos Estados Unidos na corrida global pela IA, em particular face à concorrência chinesa. Parlamentares republicanos defendem igualmente o aumento da produção de energia e a redução de regulações que, no seu entender, travam a evolução dos modelos.

Oposição da sociedade civil

Mais de 80 organizações — incluindo sindicatos, ambientalistas e grupos de direitos civis — divulgaram, na véspera, um “Plano Popular de Ação para a IA”. O documento contesta a influência de lobbies tecnológicos e petrolíferos na definição das regras do setor, alertando para impactos em salários, ambiente e saúde pública. Sarah Myers West, codiretora do AI Now Institute, defendeu que “o público deve ter palavra sobre se e em que condições a tecnologia será usada”.

O Escritório de Política de Ciência e Tecnologia da Presidência rejeitou as críticas. A porta-voz Victoria LaCivita afirmou que “a inteligência artificial está no centro dos interesses de segurança nacional e económica” e que “colocar os EUA em primeiro lugar significa garantir que a inovação se desenvolve dentro de portas, e não em países adversários”.

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